Saiba quais são os tratamentos pouco invasivos que ajudam a combater a gordura localizada

Gordura localizada: O mercado da estética oferece diversas opções para quem quer dar um fim no acúmulo sem ter que enfrentar uma cirurgia; confira como é cada um deles.

Saiba quais são os tratamentos pouco invasivos  que ajudam a combater a gordura localizada

Uma rápida olhada no espelho destaca os locais do corpo onde as gordurinhas extras insistem em se acumular. Isso acontece por fatores genéticos, hormonais e outros motivos que são ligados à idade e ao estilo de vida da pessoa. As “dobrinhas” extras costumam abalar a autoestima. Com a chegada do verão, muitas pessoas procuram resultados rápidos para curtir a praia e a piscina sem tanta encanação com o corpo.

Os médicos ouvidos pela Agência Einstein explicam que não adianta buscar “milagres”. Para eliminar esses excessos, é preciso realmente combater o acúmulo de tecido adiposo. Para isso, é necessário ter também uma alimentação equilibrada e praticar atividades físicas ao longo do ano.

Mas eles explicam que existem diversos tratamentos criados para serem aliados na luta contra a gordura localizada. “Para que eles de fato funcionem, precisam provocar a apoptose celular, ou seja, a morte das células adiposas, o que pode ser feito com o uso de calor, frio ou ação química”, diz a dermatologista e especialista em cosmiatria Giseli Petrone, do Rio de Janeiro, titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia. 

“Existem outros tratamentos que fazem uma diminuição do tamanho das células, que ficam mais achatadas devido à perda de líquidos intracelulares”, explica. 

Cabe ao especialista avaliar cada caso e determinar o que é mais indicado para o seu paciente. Em alguns casos, será associada mais de uma técnica. Confira cada uma delas e suas principais indicações: 

Criolipólise

Trata-se de uma tecnologia de resfriamento controlado que ataca somente as células de gordura do local da aplicação, induzindo à sua eliminação de forma natural, sem danificar os tecidos ao redor. Ela é indicada para a redução do volume de áreas difíceis, como o abdômen, os flancos, a parte interna das coxas, as costas e a papada. A média estimada de diminuição do tecido gorduroso após uma única sessão, que dura cerca de 35 minutos, é de 25%. O paciente pode voltar à vida normal logo em seguida.

O procedimento é não invasivo, ou seja, sem cortes, e é feito através da aplicação de placas de diversos tamanhos sobre a pele que são escolhidas de acordo com a quantidade de gordura e a região a ser tratada. Seu resultado é percebido após três meses, por isso, uma nova aplicação se necessária só poderá ser feita após esse período. “As contraindicações são mínimas e englobam gestação, hérnia no local, urticária ao frio e crioglobulinemia, doenças relacionadas ao frio, pois se trata de uma técnica que tem como base o congelamento”, diz o cirurgião plástico Murillo Fraga, do Hospital Israelita Albert Einstein.  

Radiofrequência 

As ponteiras do aparelho são deslizadas sobre a pele do paciente pelo profissional com movimentos circulares e que emitem correntes de alta frequência que aquecem a derme, a camada intermediária da pele, induzindo ao rompimento das células de gordura e à produção de novas fibras de colágeno. Por isso, a radiofrequência é indicada para o tratamento de rugas, flacidez, celulite, cicatrizes e gordura localizada.

As sessões podem ser quinzenais ou mensais e duram cerca de 20 minutos. A quantidade varia de acordo com a região a ser tratada e os objetivos desejados, mas, em geral, são necessárias de três a 10 sessões. Durante o processo, a temperatura da pele precisa ser medida constantemente para que chegue a 40°C ou 42°C, mas não ultrapasse essa marca. Logo após a aplicação, o tecido fica avermelhado e inchado, mas esses efeitos são transitórios e a pessoa pode retomar suas atividades normais em seguida. 

Suas contraindicações são em casos de febre, gravidez, quadros graves de hipertensão arterial e hipersensibilidade no local que pode ser causada por problemas circulatórios, diabetes ou infecções, por exemplo.  

Ultrassom

Esse procedimento utiliza ondas ultrassônicas de baixa frequência para gerar calor e criar bolhas microscópicas nas células de gordura, levando à sua quebra. “Essas bolhas são formadas pela pressão exercida pelas ondas ultrassônicas, resultando na emulsificação da gordura, ou seja, transformando-a em uma substância líquida que pode ser eliminada pelo organismo”, explica Fraga.

O aparelho utilizado tem uma ponteira que desliza sobre a pele. O tratamento é eficaz para combate à celulite e à flacidez, pois estimula a produção de colágeno. 

As sessões, que duram entre 30 e 50 minutos, não geram incômodos e não levam à necessidade de pausas na rotina. A quantidade varia bastante de acordo com o caso e os objetivos, mas na maioria das vezes ficam entre cinco a 10 sessões. Só não deve se submeter ao ultrassom quem está com feridas abertas na região a ser tratada. 

Produtos injetáveis 

Nesse caso, os especialistas explicam que a melhor opção é investir nos emptiers, que são esvaziadores de gordura, ou seja, atuam na redução dessa substância de forma localizada, tanto corporal, quanto facial. Conhecidos também como “lipo enzimática”, eles são feitos principalmente à base de duas substâncias, o desoxicolato e a fosfatidilcolina, e injetados no local desejado com a ajuda de uma agulha bem fininha. Uma vez dentro do corpo, levam à quebra dos adipócitos (células de gordura).  

São indicados para melhorar o contorno e reduzir os excessos de gordura na região da papada, do jowls (o famoso aspecto de buldogue), das axilas, do contorno do sutiã, dos flancos, do abdômen e de pequenas áreas corporais. As sessões devem acontecer mensalmente e a quantidade varia bastante devido à necessidade de cada paciente. Também é possível voltar à vida normal após o procedimento. 

Esses produtos são contraindicados quando a pessoa tem grandes volumes de gordura, muita flacidez, em regiões com infecções, cicatrizes e fibroses. Também não é indicado para pacientes com tendência à formação de cicatrizes hipertróficas ou queloides, para gestantes ou lactantes. 

Fonte: Agência Einstein